Manhunt 2

Nome: Manhunt 2
Plataforma: PS2, Xbox, PSP
Gênero: Ação, Stealth
Desenvolvedora: Rockstar Games

Após uma violenta rebelião no instituto mental no qual Danny estava internado, ele escapa da cela após um confronto com uma enfermeira, com uma amnésia praticamente total e sem a menor idéia do que fazer. Um outro paciente chamado Leo, que aparentemente era seu amigo, o ajuda à escapar do hospício. À medida que as memórias retornam a Danny, uma conspiração extremamente complexa envolvendo um grupo conhecido apenas como The Project se desenrola. Será que Danny Lamb consegue sobreviver às levas de assassinos no seu encalço?

Daqui pra baixo a coisa só piora.

Para começo de conversa, Manhunt 2 é um jogo extremamente adulto, ponto final. Se você tem um senso forte de moral ou um estômago fraco, sugiro que você nem acabe de ler esse review, quanto mais jogar o jogo. A versão que eu joguei para esse review foi a de PSP. O gameplay é bem parecido com Tenchu, mas sem as habilidades ninja, e com quilos e quilos de inapropriedades.

Você controla Danny Lamb em terceira pessoa, e seu objetivo consiste em chegar ao final da fase, evitando o máximo possível de confrontos diretos com o uso de sombras e paredes. Você só pode dar stealth kills por trás, obviamente, e só com armas brancas ou armas de fogo pesadas, mas felizmente elas são comuns o suficiente para você não ficar na mão. Os inimigos variam a cada fase, contando com pacientes, agentes do governo, policiais e membros de gangues. Só uma coisa é constante: eles morrem.

Você tem que arrancar cabeças de inimigos para enganar alguns seguranças. Sério.

Como Danny é incrivelmente fraco em corpo-a-corpo, você estará fazendo stealth kills na maior parte do tempo. Chegando por trás de alguem, você pode simplesmente apertar o botão de ataque para um quick kill, ou pode segurar o botão por um tempo pra soltar um bloody kill ou um brutal kill. Bloody e brutal kills, ao contrário do Manhunt 1, não tem serventia nenhuma a não ser o fato de serem mais violentos. Se precisar de um exemplo, com o Bastão, um quick kill é simplesmente uma porrada na cabeça, ao passo que um Brutal kill garante que o sujeito não será nem reconhecido no IML. Além disso, dá pra se usar elementos do cenário em stealth kills, como privadas ou painéis de energia.

Amarrado é fácil, né machão?

A temática de Manhunt 2 é incrivelmente sem moral, com mortes über-sangrentas, strippers, uso de drogas, violência gratuita e tudo que pode ser feito para ter seu jogo banido na Austrália. Como eu disse, não é um jogo para crianças, quiçá nem adolescentes. A história é meio sem pé nem cabeça, e tem um ar de filler que não dá pra dissipar. Passando de um terço do jogo, mais ou menos, armas de fogo práticamente substituem o stealth, e o jogo cai rápidamente de qualidade e diversão.

Os gráficos de Manhunt 2 são bons, principalmente para o PSP. O jogo conta com um noise filter extremamente irritante e mais forte que os de Silent Hill, mas que felizmente pode ser desligado no menu. Se os gráficos tem um único problema, é que são escuros demais. Já os efeitos sonoros são magníficos. Não há muita música, nenhuma memorável, mas os efeitos sonoros, principalmente os das stealth kills, são extremamente realistas.

Esse é outro que não vai durar muito...

Por fim, Manhunt 2 é um jogo relativamente curto, contando com 15 chapters de tamanho variável. Em menos de 10 horas dá pra se zerar, e não há razão nenhuma para se jogar depois de ter zerado umas vez, a não ser que você não tenha ido na dificuldade alta de primeira. Vale uma tarde mais sangrenta, mas não espere muito.

PONTUAÇÃO:

Gráficos: 8

Som: 7

História: 6

Gameplay: 6

Fator Replay: 3
Dificuldade: 7
Tirem as Crianças da Sala: 10

NOTA: 5/10