Metal Gear Solid 3: Snake Eater


Name: Metal Gear Solid 3: Snake Eater
Plataforma: PS2
Gênero: Stealth, Action
Desenvolvedora: Konami

No clima opressivo da Guerra Fria, o espião Jack, vulgo "Naked Snake", aterrissa em uma floresta russa, com a missão de resgatar Sokolov, um cientista local que quer ser transferido para o lado dos americanos. Quando a chefe da unidade de Snake(e mentora dele), The Boss, trai os americanos e arma o temido Colonel Volgin(da URSS) com armas nucleares, cabe a Snake, com a ajuda de um time de apoio e uma bela espiã de codinome "EVA", desvendar os motivos por trás da traição de sua melhor amiga.



Tá lascado, soldadinho!

Metal Gear Solid 3 é o terceiro capítulo na série MGS, definitivamente a melhor série de stealth do mundo. Você controla Naked Snake(que por acaso não é o Solid Snake, mas sim outra figura muito importante na série; MGS3 é um prequel.) e atravessa sorrateiramente por florestas, bases militares e cavernas na Rússia, tentando achar informações sobre Sokolov, The Boss e Shagohod(mais nisso depois) e lutando contra os membros da COBRA unit; uma unidade de elite cujos membros tem poderes paranormais.

Snake tem à disposição vários apetrechos tecnológicos para ajudá-lo a sobreviver. Você tem, além das armas de fogo convencionais, armas tranquilizantes, um sensor de movimento, um sonar e cigarros, além de outras coisinhas úteis que você pega ao longo do jogo. Se você está se perguntando pra que diabos um sonar e um detector de movimento são úteis, vale lembrar que o mapa presente nos MGS anteriores não existe aqui; você tem que confiar nas ferramentas e nos instintos para não ser visto. MGS3 ainda conta com uma barra de stamina que se desgasta gradualmente; você pode capturar e comer animais na floresta(ou rations e comidas prontas encontradas nas bases) para preencher sua stamina. Se ela se esvaziar, Snake fica cada vez mais fraco, até cair completamente no sono. O combate do jogo é preciso e difícil, mas você se virará melhor ficando nas sombras e atacando silenciosamente. Uma dica sem spoiler: evite matar inimigos, bote-os pra dormir apenas.

Você pode interrogar inimigos para saber seu próximo objetivo.

MGS3 ainda tem duas grandes novidades em relação aos seus antecessores. A primeira é a barra de camuflagem: no menu Camo você pode mudar a pintura de rosto e o uniforme do Snake, e isso afeta a probabilidade de inimigos te verem em esconderijos. Óbviamente, você tem que fazer sentido nas suas escolhas; Snake ficará mais chamativo que uma gazela no metrô se você vesti-lo de branco no deserto, mas uma roupa cinza em bases militares provavelmente te conseguirá alguns segundos para fugir mesmo se um inimigo te ver diretamente. A segunda grande novidade é o menu Cure: todos os danos sofridos por Snake tem uma chance de serem 'permanentes'; uma bala pode ficar alojada no seu corpo, um ataque de fogo pode deixar uma queimadura, passar em um rio pode te deixar cheio de sanguessugas. Estes ferimentos ocupam uma 'barra vermelha' da sua barra de HP, impedindo que ela se encha totalmente. O menu Cure está aqui para reverter isso; tratando as feridas adequadamente e na ordem certa com as ferramentas disponíveis, você recupera um pouco do HP perdido e a barra vermelha correspondente ao ferimento some. O menu Cure é um pouco invasivo, já que ninguém quer ter que ficar se curando no calor da batalha, mas o de Camo poucas vezes atrapalha.

O jogo tem um clima muito... marrom. E verde.

A história é muito legal e viajada, mas sem ser nonsense como MGS2 foi. Alguns clássicos da série como Ocelot voltam, mas Otacon e sua trupe não fazem parte aqui. Os inimigos da COBRA Unit são bem criativos; The Pain é um soldado deformado que controla abelhas, The End é um velho sniper de mais de 100 anos(a batalha mais frustrante do jogo, inclusive), The Fear é meio-aranha e pode ficar invisível, entre outros. Com muito tempo de cutscenes(deve ser pra lá de uma hora só de vídeos), a história se encaixa direitinho nos jogos anteriores, e o jogo traz diversas cenas memoráveis; a tortura, a conversa com um cientista bêbado e principalmente a batalha no campo de flores ficarão na sua memória por um bom tempo; a última cena inclusive quase conseguiu me arrancar uma lágrima. Tenso.

Os gráficos de MGS3 são os melhores do PS2, sem discussão. Efeitos de luz são perfeitos, folhas individuais de grama se mexem com o vento, personagens exalam calor na neve, você pode ver a textura do tecido das roupas do Snake; é perfeito, e melhor do que alguns gráficos de Xbox 360. A trilha sonora não tem muita música, confiando mais nos sons ambientes(que são perfeitos e imersivos, por sinal) para impressionar o jogador, e a intro no estilo James Bond é sem igual.

Shagohod, o 'Metal Gear Caseiro' do jogo.

Ah, e se você estava se perguntando, Shagohod é um tanque nuclear quase indestrutível construído pelo Sokolov, e sim, é o 'Metal Gear' desse jogo. Com uma história emocionante, um final épico, quilos e quilos de revelações interessantes e os melhores gráficos do PS2, Snake Eater é um must-play. Se você tem um PS2 e ainda não jogou, faça-se o favor.


PONTUAÇÃO:

Gráficos: 10
Som: 9
História: 9
Gameplay: 10
Fator Replay: 7

NOTA: 10/10

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