Nome: Final Fantasy VIII
Plataforma: Playstation 1, PC
Gênero: RPG
Desenvolvedora: Squaresoft
Versão Jogada: PS1
Fithos Lusec Wecos Vinosec...
A academia de mercenários de Balamb Garden, famosa pela unidade de elite SeeD, é frequentemente contratada para resolver conflitos mundo afora. Quando a violenta nação de Galbadia convida a sorceress Edea para ser conselheira e começa a atacar alvos aparentemente aleatórios, um time de elite liderado pelo recluso Squall Leonhart deve tentar entender e combater o exército de Galbadia, numa aventura que transcende os limites da própria realidade.
Esse jogo contém uma página de Dicas e Truques.
Squall, o herói resmungão. |
Final Fantasy VIII é o oitavo capítulo na aclamada série Final Fantasy, e como sempre, não decepciona. FF8 ainda usa o mesmo esquema de batalhas turn-based de sempre, mas traz muitas novidades ao gênero. A principal delas é o sistema de Junction/Draw. Seus personagens não ganham (muitos) stats normalmente; você deve usar o comando Junction para torná-los mais fortes. Junction é o ato de 'fundir' seu personagem com um Guardian Force(GF, basicamente summons) e ainda envolve Junctionar magias aos stats. Cada stat tem magias que são mais eficientes, naturalmente; STR aumenta mais fundido com Meteor, enquanto SPD aumenta com Haste, e por aí vai.
Uma batalha normal. Mais pro fim do jogo, claro. |
Se você se perguntou 'de onde saem essas magias', é aí que entra o comando Draw. Com ele, você 'extrai' magias dos inimigos, sendo que cada inimigo tem magias predeterminadas. Você ainda pode extrair GFs raros de alguns chefes, como Siren e Alexander, então é sempre uma boa idéia dar Draw em qualquer inimigo novo. Já o sistema de Limit Breaks volta do FF7, mas é um pouco diferente: você tem uma chance de poder soltar um Limit em qualquer início de turno no qual seu personagem está com HP baixo. Cada personagem tem um Limit Break diferente, e todos são incrivelmente úteis(principalmente o infame Renzokuken do Squall; um ataque de 5-8 hits que culmina em um finisher potente, todo - santo - turno...).
Esthar, uma das muitas cidades legais do jogo. |
Como você já deve ter percebido, o sistema de Junction é extremamente inovador, mas é tambem um dos maiores defeitos do game: o jogo fica potencialmente muito fácil. Com um pouco de exploração da sua parte, dá pra se Junctionar 100 Firagas ou Blizzagas ao ataque de alguém pouco depois da metade do CD 1, deixando essa pessoa forte o suficiente para dar 1-hit-KOs em quase tudo até o CD 2. Somado aos Limit Breakers préviamente citados, você pode simplesmente deixar o Squall com magias poderosas junctionadas em STR, manter ele com HP amarelo e simplesmente Renzokuken-ar por todas as batalhas do jogo. Até o próprio final boss cai em um ou dois Renzos.
Squall e Rinoa, em uma cena particularmente legal. |
Seu time é composto por Squall, um soldado recluso e resmungão; Rinoa, uma menina alegre e cabeça-dura que tem uma quedinha pelo protagonista; Zell, um lutador cabeça-quente e falastrão; Selphie, uma garota feliz ao ponto de ser inconveniente; Irvine, um sniper mulherengo; Quistis, a instrutora silenciosa do Squall; e em alguns momentos, você controla os misteriosos Laguna, Kiros e Ward. FF8 ainda conta com muitos minigames, como é de praxe na série pós-FF6. Um jogo de cartas chamado Triple Triad é o principal, mas vários outros minigames, a maioria envolvendo guardas ou chocobos, aparecem durante o jogo.
Uma partida de Triple Triad. |
A história de FF8 é francamente épica. Cenas em CG se misturam sem loading ao próprio gameplay do jogo, criando uma imersão magnífica. A história é um pouquinho nonsense, e alguns momentos são improváveis ao ponto de ser inacreditável(mesmo orfanato, AH VÁ?), mas em geral é muito legal, e é um dos poucos jogos, ainda mais da era pré-PS2, que conseguiu fazer personagens reais a ponto de criar um vínculo com o jogador. Menções honrosas de epicsauce vão para as cenas no espaço, nas batalhas entre os Gardens e qualquer coisa envolvendo o Lunatic Pandora. Final Fantasy sempre é foda em storytelling, e FF8 não é excessão.
Laguna, um dos heróis misteriosos que aparecem em seus sonhos... |
Graficamente, FF8 é soberbo. Os personagens são incrivelmente realistas para o PS1; ouso dizer que são alguns dos melhores gráficos do console. Os cenários fora do world map são pré-renderizados(a la Resident Evil) e muito bem feitos, e os personagens não se 'destacam' do cenário como em Dino Crisis, criando uma ilusão de naturalidade. As magias são bonitas de se ver, e as animações de Summon são de cair o queixo. A parte sonora é composta por Nobuo Uematsu, o 'deus' dos FF, e é tão boa quanto seria de se esperar. Temas como o de Balamb Garden grudam na cabeça, e as músicas cantadas, como o tema da Edea e a linda Eyes on Me(me lembro da Mary quando ouço ela, piada interna) são simplesmente magníficas. Os gráficos e sons de FF8 levam o PS1 ao máximo, e são francamente inesquecíveis.
É o box de videogame mais bonito que eu já vi, na boa. |
Bottom line, Final Fantasy VIII é um jogo excelente. Não é o melhor da série, infelizmente, mas passa perto. O único grande defeito de FF8 é a dificuldade quase nula; de resto, é um jogo quase perfeito. A história é meio nonsense, mas ainda assim consegue arrancar lágrimas dos mais sensíveis. Se vale a pena comprar? Três palavras: é Final Fantasy. Eu já tenho meu original aqui, e não troco por nada.
PONTUAÇÃO:
Gráficos: 9
Som: 10
História: 8
Gameplay: 8
Fator Replay: 8
Dificuldade: 4
Nível de Antissocialidade: 9
0 comentários:
Postar um comentário