Nome: Silent Hill: Homecoming
Plataforma: PS3, Xbox 360
Gênero: Survival Horror
Desenvolvedora: Konami
Versão jogada: Xbox 360
Após uma internação prolongada devido a um ferimento em batalha, o soldado Alex Shepherd finalmente volta pra casa, após longos anos... mas algo está muito estranho. A cidade de Shepherd's Glen, vizinha de Silent Hill, está completamente vazia e coberta com uma névoa sobrenatural, e os poucos residentes que ainda estão ali agem completamente fora do normal. Cabe a Alex descobrir o que aconteceu na sua cidade natal.
Lurkers sempre aparecem no PIOR momento. |
Silent Hill Homecoming é o quinto jogo da progressão normal da série Silent Hill(se você desconsiderar o Origins). Você controla Alex Shepherd, um ex-fuzileiro, e o controle lembra mais Resident Evil 5 do que os SH antigões, apesar do estilo de câmera ser o mesmo. Alex conta com o arsenal de sempre da série, com revólveres, facas, barras de aço, espingardas, entre outros. Alex ainda conta com outros clássicos, como a lanterna de bolso, crucial para iluminar o caminho, itens de cura e um rádio que emite estática quando um monstro se aproxima.
O jogo se passa primariamente na cidadezinha de Shepherd's Glen, que fica do outro lado do famoso Toluca Lake de Silent Hill, mas como é de praxe na série, você acaba visitando a cidade fantasma em alguns momentos. Após chegar em casa, Alex encontra a própria mãe, que está num estado abalado e catatônico, e percebe que tanto seu irmãozinho Joshua quanto seu pai estão desaparecidos. Seu objetivo é encontrar os dois, mas obviamente nada é tão fácil. No seu caminho, várias monstrosidades tentarão te impedir a qualquer custo; monstros como o Lurker, que é um humanóide com as duas pernas unidas numa massa cancerosa e o rosto aberto verticalmente com várias fileiras de dentes e o Siam, um pseudo-macaco enorme com uma "mulher" amarrada nas costas. Os inimigos são amedrontadores ao extremo, ainda mais com os gráficos HD da geração atual... mas Alex é um ex-fuzileiro, lembrem-se; ele luta MUITO bem. Não dá pra ter lá muito medo dos inimigos quando você sabe que não é nada dificil transformar eles numa pilha de cinzas.
Apesar do Shepard enorme na capa, o sobrenome certo do Alex e Josh é Shepherd. |
A ambientação do jogo, e o próprio estilo de progressão, ainda são os mesmos de sempre. Prosseguir por corredor escuro/cidade enevoada, tentar trocentas portas até uma abrir, coletar itens, realizar puzzles, same old, same gold. Alex visitará o famoso Alchemilla Hospital, tubulações de esgoto, penitenciárias e mausoléus, entre outros. Os puzzles de Homecoming são geralmente fáceis, e nada que vá te segurar em um lugar como os anteriores da série costumavam fazer. Na verdade, Homecoming deve ser o jogo mais linear da série, com pouca exploração e trabalho mínimo ao jogador.
A história é empolgante e dá os tons macabros finais ao jogo. A maioria dos NPCs que você encontra é completamente louca, e tudo te dá uma sensação de insegurança, aquela sensação na boca do estômago de que eles vão te atacar do nada. Os locais são desertos e mal-cuidados, e os pedaços da história que você descobre espalhados pelo jogo se encaixam, formando um background completamente estarrecedor, assim como o simbolismo por trás de todos os monstros. O passado e o futuro dos irmãos Shepherd, assim como os de todos os outros habitantes(vivos ou não) de Shepherd's Glen, são interessantíssimos, e o plot twist principal é de dar dor de cabeça de tão imprevisível. Pyramid Head ainda faz uma pontinha aqui, mas se você já jogou(e entendeu) SH2, sabe que a presença dele aqui não faz muito sentido. Bem, whatever, dê aos fãs o que eles querem, eu acho.
Scarlet, um dos chefes do jogo. |
Os gráficos são bem legais, com efeitos de luz magníficos e monstros bem realistas, mas a praga do aliasing toma conta de alguns pontos do jogo, com bordas bastante serrilhadas, e o lip-synching é... terrível. A trilha sonora é decente, apesar de não ser composta pelo gênio Yamaoka, e a música da intro segue o padrão classe A das outras músicas cantadas da série. Os monstros tem efeitos sonoros convincentes, e a voz do Alex é bem legal. A do Joshua, nem tanto.
A lista de achievements é sólida e relativamente fácil, com a maioria das conquistas relacionadas à história, e algumas relacionadas aos dois tipos de collectibles, fotos e desenhos, espalhados pelo mundo de SH; a maioria bem óbvia, mas alguns completamente sem sentido, recomendo usar um guia. Cada um dos 5 endings tem seu próprio achievement, e eles são fáceis de serem vistos.
As enfermeiras possuidas voltam. Hmm, enfermeiras... |
Fechando, Homecoming é mais um título sólido da franquia Silent Hill; apesar de ser um dos piores, não passa nem perto de ser ruim. A atmosfera é bem assustadora, mas o jogo não dá muito medo pelo fato de Alex ser um tanque de guerra. Se for fã da série ou quiser um survival horror decente pro Xbox, procure por Homecoming, mas não espere muita coisa.
PONTUAÇÃO:
Gráficos: 7
Som: 6.5
História: 8.5
Gameplay: 8
Fator Replay: 6
NOTA: 6.5/10
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