Onimusha: Warlords



Nome: Onimusha: Warlords
Plataforma: PS2
Gênero: Survival Horror, Hack n' Slash
Desenvolvedora: Capcom

Em um mundo alternativo, no século XVI, o general Yoshimoto Imagawa partiu em uma onda de conquistas pelo Japão feudal. Em certa noite, um pequeno exército liderado por Nobunaga Oda ataca de surpresa e devasta o exército de Imagawa, mas durante a celebração, uma flecha acerta Oda na garganta, matando-o instantaneamente. Algum tempo depois, testemunhas dizem ter visto Oda vivo, e a princesa Yukihime, da família Saito, é sequestrada. Agora cabe a Samanosuke Akechi, um espadachim sem mestre, resgatar a princesa e deter a escorja dos demônios que invadem o Japão.




Inimigos chatos abundam. Katana neles!

Onimusha Warlords é um jogo interessante, e difícil de descrever. Uma mistura eclética de survival horror e hack n' slash, talvez. Você controla Samanosuke Akechi (e em algumas seções, a ninja Kaede), e deve vagar pelas áreas do castelo Saito, cumprindo objetivos, coletando itens e despachando hordas de demônios com espadas e magia. À primeira vista, o jogo tem pouca similaridade com outros survival horrors, mas os paralelos com Resident Evil aparecem rapidamente.

Um dos fatos principais é o próprio castelo de Saito. O jogo inteiro se passa nesse castelo e nas áreas adjuntas, um espaço relativamente pequeno, mas para avançar você precisa das clássicas fecth quests - pegar uma chave lá na casa do chapéu pra abrir uma porta do outro lado do mapa, e atrás dessa porta tem um talismã que abre outra porta, e nessa outra...

Samanosuke e Kaede, a dupla facilmente separável.

Pois bem. Repetitivo, talvez, mas nada cansativo ou entediante. Nisso chegamos à carne do jogo: o combate. A princípio, é bem estranho: o personagem ataca furiosamente como em Devil May Cry, mas a movimentação ainda é no estilo 'tanque' dos RE antigões - lados para escolher direção, frente pra andar. Isso resulta em um começo de jogo totalmente confuso, já que você tenta atacar igual louco mas os controles te impedem de exercer qualquer coisa remotamente eficiente contra seus inimigos. À medida que você pega o jeito, o jogo fica bem mais tranquilo, e até mesmo divertido, principalmente nas batalhas de chefe.

Samanosuke conta com vários métodos diferentes para despachar a demonhada, incluindo uma katana básica, três espadas elementais, um arco-e-flecha e um mosquete. Ao matar os seres do inferno, eles liberam almas de diversas cores, que podem ser capturadas por sua Oni Gauntlet apertando O. Almas amarelas recarregam sua barra de HP, almas azuis recuperam sua magia, e almas vermelhas servem para evoluir seus equipamentos no Save mais próximo. Cada arma tem dois atributos que podem ser evoluídos; o primeiro é a força da arma em si, e o segundo é uma espécie de 'nível' da arma, usado para abrir portas lacradas correspondentes no castelo.

Sama e Kaede em uma cutscene. Ela aparece bastante...

Os gráficos são medianos a bons. Os modelos dos personagens são em 3D, obviamente, mas os cenários são em 2D com câmera fixa, como em Resident Evil e Dino Crisis. A câmera mais atrapalha do que ajuda em vários momentos, e o jogo tem alguns loadings inexplicáveis em algumas transições de câmera (principalmente nos Dark Realms - jogue pra descobrir o que são). Os cenários são bem detalhados por outro lado - principalmente os móveis - e os personagens são bonitos e, acima de tudo, não se "destacam" do fundo, como é comum nesse tipo de câmera, dando mais imersão ao jogo. A trilha sonora é bem esquecível, com toques sutis e alguns toques mais pesados para as batalhas, mas realmente nada que chame a atenção.

...você até joga com ela!

Por fim, para arrematar, a história não é lá grandes coisas. Apesar de ser diferente da média que a gente espera de jogos, para um tema japonês a história é bem clichê, mas a inclusão de nomes reais da história do Japão como seres sobrenaturais é interessante. O jogo é pequeno, com pouco mais de 4 horas de duração numa primeira playthrough, mas conta com diversos extras para aumentar a longevidade, como rankings após zerar o jogo e roupas secretas. O jogo é bom o suficiente para garantir uma segunda jogada, mas não espere muito mais do que isso. Recomendado, principalmente para fãs de jogos pequenos que recompensam jogar muitas vezes (como Resident Evil 3).

Parte integrante do box Onimusha Essentials.


PONTUAÇÃO:

Gráficos: 7.5
Som: 6
História: 7
Gameplay: 7
Fator Replay: 8
Dificuldade: 7.5
Nobunaga Oda: 666


NOTA: 7.8/10

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