Nome: Ghost Trick – Phantom Detective
Plataforma: Nintendo DS
Gênero: Adventure/Puzzle
Desenvolvedora: Capcom
A história começa em um ferro-velho, onde espera um homem com roupas vermelhas extravagantes e um cabelão loiro espetado. Depois disso, chega uma jovem e conversa algo com ele. Ela aponta uma arma para ele e o mata, em seguida, um assassino mata a moça. Quem eram essas pessoas e o que realmente estava por trás da cena que aconteceu ali? O personagem principal de Ghost Trick: Phantom Detective tem até o nascer do sol (12 horas) para responder a essas perguntas, além de uma ainda mais importante: quem é ele, afinal?
Normalmente eu nem teria me interessado muito por esse jogo, mas quando eu vi que a história foi escrita por Shu Takemi e a música composta por Masakazu Sugimori (pra quem está vivendo embaixo de uma pedra pelos últimos anos, esse é o mesmo time que produziu os jogos da série Phoenix Wright), eu decidi que valia a pena tentar.
Bora detetive! |
Depois da cena de abertura, o protagonista, que sofre de amnésia, escuta parte da verdade contada por uma lamparina, Ray. Ele morreu, e se tornou um fantasma. Assim que o sol nascer ele irá desaparecer, e só lhe resta esse tempo para descobrir a verdade sobre quem ele é e porque está ali. Como fantasma, ele possui o poder de manipular objetos e voltar para 4 minutos antes da morte de qualquer pessoa. Além disso, pode se movimentar por meio de linhas de telefone, o que é uma habilidade extremamente útil para alguém que não tenha pernas.
Objection! |
O protagonista, então, decide usar suas habilidades para salvar a garota morta, e é aí que a gameplay começa. O jogo consiste em fazer uso dos poderes fantasmas para salvar pessoas – após observar como as mortes ocorreram, o jogador tem o poder de se movimentar entre objetos com uma certa distância e manipular os objetos de forma que elas não ocorram novamente.
Há alguma lógica envolvida nisso, normalmente as ações devem ser realizadas na ordem certa e no tempo certo para que a morte seja evitada, e não é tão simples chegar no objeto necessário, já que o raio de alcance do teletransporte fantasma é bastante pequeno (pelo lado bom, se a pessoa morrer de novo é só voltar no tempo e tentar tudo de novo, então não tem como tomar game overs).
Há alguma lógica envolvida nisso, normalmente as ações devem ser realizadas na ordem certa e no tempo certo para que a morte seja evitada, e não é tão simples chegar no objeto necessário, já que o raio de alcance do teletransporte fantasma é bastante pequeno (pelo lado bom, se a pessoa morrer de novo é só voltar no tempo e tentar tudo de novo, então não tem como tomar game overs).
Em certo ponto, ele descobre que cada fantasma tem uma habilidade diferente – por exemplo, alguns conseguem se movimentar entre objetos mais distantes e trocar objetos de lugar além de manipulá-los, e em alguns pontos do jogo será necessária a cooperação entre mais de um fantasma para que uma vida possa ser salva.
Fantasma em uma casa rica, normal né? |
Mas tem tanta gente morrendo nesse jogo? Pois é, aí que tá, sabe aquela garota do começo do jogo? O nome dela é Lynne, e ela parece que atrai a morte, nunca vi alguém morrer tantas vezes em apenas 12 horas. No final do jogo você já vai estar gritando “POR FAVOR LYNNE, NÃO MORRA DE NOVO”.
O jogo fez bastante esforço para que esses puzzles não se tornassem frustrantes. A maioria deles tem poucos objetos, então dá até pra resolver na tentativa e erro se tudo der errado, e quando você morre recebe algum tipo de dica (semelhante às dicas que você recebe quando passa por todos os statements de um testimony sem apontar contradições em Phoenix Wright). Isso revela o espírito do Shu Takemi de fazer com que o gameplay seja apenas uma parte do jogo, e apenas difícil o suficiente para não ser imbecil – o que vale mais é a experiência geral.
Yep, you do it! Save Lynne! |
Nesse espírito, também contam muito as músicas do jogo. Claro que não tem nenhuma obra-prima como Pursuit - Cornered, mas as músicas complementam o espírito do jogo muito bem, mesmo sendo relativamente poucas. Eu gosto muito de The Last Desperate Struggle, que toca quando... bem, joga o jogo pra saber.
Os gráficos não são nada de mais, alguns modelos 3D pouco nítidos e fotos dos rostos dos personagens. Não atrapalham o jogo, mas também não são o ponto mais alto dele.
Concluindo, certamente não me arrependi de ter dado uma chance ao jogo. Embora existam alguns puzzles potencialmente irritantes, salvar alguém normalmente é empolgante e a história é muito boa também. Vale a pena jogar mais essa obra do grande Shu Takemi!
PONTUAÇÃO:
Gráficos: 7
Som: 8.5
História: 10
Gameplay: 8
Fator Replay: 4
Dificuldade: 5
Mortes da Lynne: 5
NOTA: 8.5/10
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