Dissidia: Final Fantasy (daqui pra frente só Dissidia) é um jogo de luta bem incomum, baseado na franquia Final Fantasy, e conta com uma gama de 22 personagens com estilos de luta bem diferentes. O estilo de luta não é nada parecido com Soul Calibur ou Tekken, portando arenas gigantes e combates em 3D, com chuvas de efeitos que lembram algum episódio de Dragon Ball.
Ultimecia versus Squall, que poético.
O jogo começa com relativamente poucas opções, tendo um modo Story, um Quick Battle, um Arcade e um modo Versus, que eu espero que são auto-explicativos, mas à medida que você zera as campaigns, você abre outros modos de jogo que extendem a incrívelmente grande vida útil do jogo. Cada jogo da franquia(do I até o X) conta com um personagem principal e um vilão, e mais dois personagens bônus. Cada personagem principal tem sua própria campaign, que são sequências de tabuleiros, com inimigos representados por peças, baús e poções; a campaign Shade Impulse, de 4 partes(cada uma equivalente a uma campaign completa), vem logo após, seguidas de duas campaigns extras(representando os dois personagens bônus) e a infame Inward Chaos, uma campaign minúscula mas com inimigos que ultrapassam o level 100. Só nisso já dá pra ter uma idéia da longevidade absurda do jogo, mas entrarei nisso mais tarde.
Garland dando uma chuva de fogo no Kuja.
O esquema de jogo é bem inconvencional e francamente difícil de explicar. Você tem uma barra de HP, um medidor de Bravery e uma barra de Ex Gauge. Atacando com o botão 'O', você suga o bravery do seu oponente(em quantidades relativas aos seus stats), e atacando com 'quadrado', você desconta a quantia exata do seu bravery do HP do seu oponente(e reseta seu bravery para 0, mas ele volta à quantia original após alguns segundos). À medida que a batalha progride, pequenas esferas de energia chamadas Ex Force aparecem pela fase, e coletá-las enche sua Ex Gauge. Com a barra cheia, você pode entrar em Ex Mode, que confere vários bônus(como regen de hp, críticos em quase todos os ataques, etc) e a habilidade de emendar um ataque de HP em um finisher, que arranca quantidades absurdas de HP do oponente. Segue aqui um vídeo de gameplay, pra ver se ajuda:
Dissidia ostenta alguns dos gráficos mais impressionantes do PSP. O gráfico lembra muito Kingdom Hearts, e os muitos efeitos de luz são quase impecáveis. Os cenários são extremamente fiéis às versões dos jogos da série, e os personagens são levemente modificados, mas sem perder sua essência. A falta de lip-synching nas intros de batalha incomoda um pouco, mas definitivamente não é nada demais. Já na parte sonora, é impossível dar errado quando suas músicas de batalha são extraídas diretamente dos jogos em questão(incluindo algumas peças em som 8-bits). Os efeitos de som em batalha são... normais, nada que ajude ou atrapalhe. As vozes dos personagens são boas, em sua grande maioria, mas o diálogo escrito é sempre meio vago. Parece que os produtores tem muita certeza que você já jogou todos os jogos da série, e a personalidade dos personagens é completamente subjetiva. Ah, e cuidado: você não precisa ter jogado nenhum FF pra entender a história do Dissidia, mas ele não tem problema nenhum em te encher de spoilers dos jogos antigos.
Firion dando um EX Finisher em The Emperor.
Com 22 personagens que podem ser treinados ao level 100, mais de 500 equipamentos diferentes, três armas especiais por personagem, um mar de acessórios e uma lista com mais de 150 conquistas, Dissidia é um jogo que rende, fácil fácil, mais de 400 horas de jogo. Vale a compra.
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