Plataforma: Playstation
Gênero: Survival Horror/Action
Desenvolvedora: Crave Entertainment//ASCII Soft
Galerians é um cult hit do Playstation, entrando e saindo sem fazer alarde mas deixando boas memórias em todos que jogaram. Você controla Rion Steiner, um garoto que acorda amarrado em uma maca de hospital, sem memória alguma e possuindo poderes psíquicos inexplicáveis. À princípio, seu objetivo é apenas sobreviver e achar um jeito de sair do hospital, mas vozes desconhecidas na sua cabeça mudam tudo...
Você encontra drogas espalhadas por todo canto. |
O jogo usa um esquema de controle 3D bem similar aos Resident Evil e Silent Hill, no qual você escolhe a direção com as setas direita e esquerda e se movimenta apertando pra frente e pra trás. Rion não tem ataques corpo a corpo, dependendo de seus poderes psíquicos para dizimar a competição. Você pode soltar 'force pushes' a la Star Wars com Nalcon, atear fogo aos inimigos com Red e, mais à frente, faze-los flutuar com uma terceira droga. Rion ainda conta com uma barra de Anger Points(AP) que enchem com o tempo, quando você usa poderes ou toma dano. Quando a barra de AP se enche por completo, Rion vira uma bomba relógio. Da próxima vez que o botão de poder for apertado, ele entra em curto-circuito(Short), o que reduz seu hp drásticamente com o tempo e o impede de correr, mas mata automáticamente todos os oponentes que chegarem perto. Saber guardar e usar Shorts é uma das táticas mais importantes do jogo.
O resultado de um Short bem dado. |
Visualmente, Galerians não decepciona. Os cenários, apesar de estáticos, são muito bem trabalhados. Os modelos humanos são meio desajeitados mas se movem com fluidez, e as expressões faciais são boas para o velho PSX. No departamento sonoro, durante a maior parte do jogo a única coisa que você ouve são os gemidos do Rion e o barulho dos seus passos, com o ocasional 'woosh' dos poderes psíquicos. Na (bem discreta) trilha sonora, temos batidas eletrônicas e um pouco de teclado, dando um clima sinistro a um jogo que já é sinistro. O voice acting é razoável na maioria dos casos, mas só de lembrar da Rita eu fico deprimido.
A história de Galerians é legal, mas nada muito inovador. O jogo é dividido em três fases com temas diferentes, e você costuma estar sempre sendo perseguido por um dos Galerians(que são apresentados na intro). O twist principal do jogo é legal, mas não faz lá muito sentido. Rion Steiner é um personagem bem legal e 'gostável', mas a história é curta demais para você se simpatizar muito com ele.
Todo mundo parece ter síndrome de Down, mas o jogo é charmoso. |
Galerians é bem curto, apesar de ser dividido em três CDs. Em uma primeira ida, sem pressa alguma, você consegue zerar em quatro horas ou menos(eu tenho uma speed run de 1:43:27, por sinal). O jogo lhe dá pouco incentivo pra ser jogado de novo; você libera algumas coisas que facilitam a sua vida, mas só existe um caminho a ser seguido. No fim das contas, Galerians não é um jogo que compensa ter original, mas se você conseguir um emprestado, alugado ou, bem, baixado, vá com fé.
PONTUAÇÃO:
Gráficos: 8
Som: 7
História: 8
Gameplay: 8
Fator Replay: 5
NOTA: 7/10
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