Yakuza


Nome: Yakuza
Plataforma: PS2
Gênero: Beat-'em-up, Action
Desenvolvedora: SEGA

Após um conturbado assassinato, o heróico Kazuma Kiryu se entrega à polícia para poupar o verdadeiro assassino, Akira Nishiki, que é seu amigo. Após 10 anos de encarceramento, Kazuma volta às ruas de Kamurocho e se vê enfiado de cabeça numa conspiração que envolve toda a Yakuza, uma menininha simpática e 10 bilhões de Iênes.



É muito tenso achar imagens desse jogo.

Yakuza(Ryuu Ga Gotoku no japão) é um beat-'em-up moderno, puro e simples. Você controla Kazuma Kiryu, 'the dragon of the Dojima family', e anda pelas ruas de Kamurocho, cumprindo seu papel na história über-complexa e esmagando cabeças com barras de ferro. Os controles são bem simples, com dois botões de ataque e um de agarrão, e o jogo flui como um beat-'em-up antigo, a la Streets of Rage, misturado com um pouquinho de exploração livre a la Shenmue. Falando em Shenmue, Yakuza é seu sucessor espiritual, contando com boa parte da equipe de devs do primeiro.

O jogo é dividido em 14(ou 15, não lembro) Chapters, e à medida que você avança, libera mais áreas da cidade para explorar, e NPCs novos com sidequests. A sidequest mais famosa do jogo é uma sequência de fetch quests que demora o jogo inteiro para ser completa e te dá um item completamente inútil no fim das contas. Damn you, Sega! De qualquer jeito, após zerar o jogo você libera um Special mode, no qual dá pra ver todas as cutscenes do jogo, e um modo especial que te deixa andar pela cidade inteira sem missão alguma, só sidequests, caso você tenha deixado algo para trás. Andando pela cidade você ainda encontra chaves que abrem Lockers em um armário no centro da cidade, com os mais variados itens; mais um extra pra incentivar sua exploração.

As ruas supermovimentadas de Kamurocho são sua arena.

As batalhas em si, que são o pão-com-manteiga do jogo, são bem boas, apesar de simplórias. Como seu personagem não tem muitos golpes, você vai se ver apertando quadrado-quadrado-quadrado-quadrado-triângulo(um super chute comprável com pontos de experiência) por 99% do tempo das batalhas mais pra frente, mas elas nunca ficam cansativas. Os muitos chefes trazem um ar novo pro jogo, precisando de estratégias diferentes para serem derrotados, mas tudo se resume ao mesmo combo de sempre. Um adendo legal é que você pode pegar objetos do cenário, como bicicletas e placas, para bater nos outros, e ainda carregar um mini-inventário com espadas e armas de fogo, mas elas não são muito úteis no fim das contas.

Agora chegamos no coração de Yakuza: a história. Simplesmente fenomenal, não dá pra descrever, sério. Se o gameplay do jogo não passa de 'bom', a história leva Yakuza a outro nível. Com uma trama muito orquestrada e densa e uma apresentação digna de filme, a imersão na história é sem comparação. Kazuma Kiryu é um dos heróis mais badass já criados, e o elenco de coadjuvantes também não fica atrás, com o sábio Fuma Oyabun, o psicótico e sensacional Goro Majima, o misterioso Kage, entre outros. A história é regada por quilos e quilos de cutscenes, e mais twists e turns que uma convenção de batedeiras. Qualquer coisa que eu falar aqui vai estragar sua diversão, mas só deixo claro uma coisa: a sequência de eventos do último capítulo é uma das melhores de qualquer jogo, e tenho dito.

A primeira batalha do jogo.

Os gráficos de Yakuza são bons, mas nada espetacular. A pequenina Haruka é muito bem feita e animada, e em geral as texturas e modelos são muito bons, mas Kazuma se move com toda a graça e elegância de um pato com hérnia. Os gráficos de cutscene são especialmente bem feitos, e o lip synching é majestoso. Já a trilha sonora também merece uma menção honrosa. As ruas de Kamurocho são movimentadas e SOAM movimentadas, nos grandes centros tudo que você ouve são os burburinhos dos transeuntes; já em áreas isoladas os passos pesados de Kazuma ecoam, e um fundo de música tradicional japonesa fecha o esquema. O voice acting é badass, com Kazuma Kiryu soando macho o suficiente para molhar calcinhas alheias só com a voz, e o fodão do Goro Majima é vocalizado por ninguém mais ninguem menos que Mark Hamill, ou talvez você conheça ele melhor como LUKE MOTHERFUCKING SKYWALKER. Sim, o próprio. Vai dizer que não é foda?

Para fechar, Yakuza é um jogo épico. O que o gameplay tem de comum a história tem de arrebatadora. Com uma cidade enorme para explorar, sidequests para fazer e cutscenes para assistir, Yakuza te garantirá diversão por um bom tempo. Procure já.

PONTUAÇÃO:

Gráficos: 7.5
Som: 9
História: 10
Gameplay: 6.5
Fator Replay: 8

NOTA: 9/10 - ESCOLHA DO EDITOR

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