Nome: Spyro: A Hero's Tail
Plataforma: Gamecube, Xbox, PS2
Gênero: Platformer, Adventure
Desenvolvedora: Vivendi Universal
Versão Jogada: PS2
Spyro nunca consegue um descanso... Pouco após os eventos de Enter the Dragonfly, mais uma vez os Dragon Realms são alvo de ataques. O dragão Red, antigo Elder Dragon, se rebela contra os dragões e planta Dark Gems por todos os cantos dos Dragon Realms - as Dark Gems corrompem a terra e sugam a vida do planeta. Spyro deve se juntar a novos aliados e antigos rostos e deter o dragão malvado!
Spyro, uma Dark Gem e Ember, uma personagem desbloqueável. |
Spyro: A Hero's Tail é o quinto jogo da série original, e o último antes da série sofrer um reboot com Legend of Spyro. Você controla primariamente o clássico dragão roxo, aprende novas habilidades e ainda conta com a ajuda de 4 outros aliados: Sparx, a libélula que serve como medidor de HP e ainda participa de algumas fases estilo shooter; Hunter, o cheetah, que atira flechas com perfeição; Blink, a toupeira, que pode cavar e jogar bombas; e Sgt. Byrd, o pinguim, que participa de fases aéreas que substituem as speedways dos jogos anteriores.
Spyro tem os mesmos controles dos jogos anteriores, com poucas diferenças. Você pode pular e dar um pulo duplo, para planar sobre pequenas distâncias, soltar fogo (e outros 'sopros' elementais), dar chifradas e ainda soltar 'ball attacks', próprios para o breath ('sopro') que está sendo usado, que consome munição. Sparx novamente volta como seu medidor de energia, mudando de cor até desaparecer por completo quando você toma dano, e um ataque é o suficiente para te mandar pro céu dos dragões. Mas não se preocupe - A Hero's Tail não tem vidas, você pode morrer o quanto quiser.
O 'bafo elétrico' é extremamente útil. |
O jogo quebra um pouco os moldes dos jogos anteriores, em vários sentidos. Primeiro, você tem não só um collectible principal, mas 3: dark gems, que abrem locais e movem a história, light gems, que fazem máquinas funcionarem e portas secretas abrirem, e dragon eggs, que abrem Unlockables como personagens secretos e galerias de arte. Segundo, as fases não são mais divididas em portais 'paralelos' - agora uma fase se 'encaixa' na outra, dando continuidade (como em Crash Twinsanity). E terceiro, as gems ainda existem, mas são relegadas a um papel secundário (mas importante). Moneybags está de volta, e abre um shop em todos os mundos que você visita, e você gasta as gems coletadas em upgrades, chaves e teleportes que te levam pra outros shops espalhados pelos mundos.
As fases são grandes e interessantes, com cenários espansivos e pouco repetitivos, cores fortes e vários pequenos segredos escondidos, e o gameplay é sólido e divertido. A variedade de inimigos é um pouco problemática: você vai ver apenas variações dos mesmos tipos básicos o jogo todo, com poucas novidades. Tirando isso, os desafios são excitantes, e o jogo sempre consegue jogar uma bola nova pra você, apesar de que, sim, você vai repetir as mesmas coisas um monte de vezes quando se trata dos minigames com outros personagens.
Os cenários são enormes e super detalhados. |
O pior de todos os minigames é o do Blink. O controle dele é bem estranho e os cenários são feios e sem inspiração. Não me pergunte exatamente o porque, mas eu não fiquei com a menor vontade de jogar com ele. Sgt Byrd e Sparx são bem divertidos; o primeiro é igual às Speedways dos jogos anteriores, e o segundo é um Shooter com a câmera focada atrás do Sparx. Em geral, os minigames são até legais, até mesmo o primeiro do Blink, mas a repetitividade mata quando se passa uns 3 de cada desafio.
Os unlockables são uma idéia interessante, mas um pouco mal executada. O Model Viewer mal te deixa mexer os personagens, e os personagens jogáveis, apesar de interessantes, são parecidos demais com o Spyro para fazerem alguma diferença, e jogam exatamente do mesmo jeito. A galeria de concept art, pelo menos, é bem divertida.
Ball Gadget, um 'veículo' que Spyro pode dirigir. |
A história pode não ser o ponto mais forte desse jogo, mas mesmo assim é interessante. O vilão Red realmente é mau até o osso, e o diálogo é bem escrito e repleto de humor tanto externo quanto interno. Os gráficos de A Hero's Tail são muito bons. Capturando perfeitamente o tom cartunesco que Enter the Dragonfly aparentemente tentou, os modelos de personagem são muito bons, com texturas excelentes, proporção adequada e animações fluídas. Os cenários são um show à parte, com texturas macias e agradáveis, e cenários realmente bonitos, coloridos e detalhados, com efeitos visuais de encher os olhos. Já a trilha sonora também é excelente, ainda composta por Stewart Copeland (baixista do The Police e compositor dos últimos 4 jogos), e captura perfeitamente as atmosferas dos locais, com batidas meio tribais e melodias agradáveis. O voice acting também é interessante, com destaque pra voz do Spyro, mas nada especialmente agradável.
Por fim, Spyro aHT é um jogo relativamente longo. Com 4 Realms, cada um com aproximadamente 4 áreas (e cada área com tamanho pouco maior do que uma fase do Spyro 3), e mais de 200 collectibles escondidos, A Hero's Tail não decepciona a ninguém, mas não consegue recapturar a magia da trilogia original. Mesmo assim, esqueça Enter the Dragonfly, vale conferir.
PONTUAÇÃO:
Gráficos: 8
Som: 8
História: 7
Gameplay: 9
Fator Replay: 6
Dificuldade: 5
Total de Collectibles: 220
NOTA: 7.8/10
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