Nome: Dirge of Cerberus - Final Fantasy VII
Plataforma: PS2
Gênero: Hack n' Slash, FPS
Desenvolvedora: Square Enix
Dois anos após os eventos do filme 'Advent Children', o evento conhecido como Meteorfall devastou o mundo todo - Midgar é apenas uma carcaça escurecida. Um grupo conhecido como Deepground, que antes era o braço de pesquisas da Shinra, invadem várias cidades, matando e raptando cidadãos indiscriminadamente. O misterioso Vincent Valentine, com a ajuda de vários membros do time original de FFVII, é atraído para o confronto e deve conter Deepground - e uma ameaça muito maior por trás deles.
O exército Deepground é bem estiloso. |
A terceira parte da história de Final Fantasy VII(precedido por FFVII e o filme Advent Children), Dirge of Cerberus é possivelmente o jogo mais destoante da saga Final Fantasy; ao contrário de ser um RPG, ou pelo menos um híbrido de RPG como o Tactics, Dirge foge totalmente e entra como uma mistura de Hack n' Slash e FPS no qual você controla Vincent, originalmente um personagem secreto de FFVII. Vincent usa e abusa de armas poderosas, magias e golpes de corpo-a-corpo para derrubar a oposição, em um esquema que parece um Devil May Cry mais focado em armas.
Vincent conta com três armas principais: Cerberus, um revólver de três canos; Griffon, uma metralhadora; e Hydra, um rifle de longa distância. Você pode ainda modificar essas três armas com várias outras partes, como canos serrados e miras, equipar Materias para usar diferentes magias e evoluir cada parte individualmente com Gil deixado pelos inimigos. As armas tem stats próprios baseados nas partes equipadas, como Power, Range e Weight. Para um jogo tão focado em armas, a diversidade é relativamente baixa, mas não chega a ser restritivo demais. Com o botão R3, você ainda pode entrar em um modo em primeira pessoa, típico de FPS, mas ele é um pouco lento e desajeitado.
Espere bosses bem demorados. |
Vincent evolui à medida que ganha experiência, mas essa exp só é avaliada no fim de cada fase ou quando você morre. Você pode escolher trocar toda a experiência recebida nessa última parte por Gil, também. A cada level, os stats básicos do Vincent evoluem, como velocidade, HP e defesa. Você ainda pode soltar magias, se equipar uma Materia na arma atual. Essas magias consomem sua barra de Mako, que pode ser recarregada pisando em pontos azuis brilhantes espalhados pela fase. As magias são um toque legal, mas são pouco usadas, por consumirem muita mana.
Vincent andará por vários lugares famosos do jogo anterior, como o cemitério de trens e o prédio Shinra, além de vários outros lugares. Os cenários tendem a ser um pouco repetitivos, mas você costuma estar tão imerso no tiroteio que isso será o menor dos seus problemas. Na maior parte, o jogo evita as temidas fetch quests, mas você ainda vê algumas aqui e ali. Os inimigos são, em geral, soldados da Deepground, e aí está um dos maiores problemas do jogo: a falta de variedade dos inimigos. Soldados de infantaria de uniforme azul, pequenas bestas de armadura, um soldado com uma espada aqui, outro com um lança mísseis ali, e pouco mais. Dá pra seguramente dizer que o jogo tem mais variedade de chefes do que inimigos normais.
Reeve Tuesti (<) é parte importante da história. |
Ah, chefes... Batalhas épicas, orquestradas e levemente demoradas, sensacionais. Você baterá de frente com os Tsviets, uma unidade de elite de Deepground, frequentemente. Entre o grandalhão Azul, a ágil Shelke e a maníaca Rosso, você terá muito suor pela frente. Os chefes, estranhamente, seguem um padrão inverso de dificuldade. Um certo boss lá pro Chapter 5 vai demandar muita força de vontade sua, mas à medida que o jogo procede eles vão ficando mais fáceis, ao ponto de que o boss final é praticamente esperar e atirar. Isso é meio desapontador, já que as cutscenes que precedem as batalhas geralmente são épicas e emocionantes por si só, e você fica esperando a grande batalha... que te desaponta.
Opa, cutscenes. Com algumas das cutscenes mais belas do Playstation 2, Dirge traz um mundo ao mesmo tempo opressivo e brilhante, com personagens muito bem feitas e efeitos de luz simplesmente espetaculares. As últimas batalhas então são magníficas, com uma chuva de efeitos que lembra as partes mais opulentas de algum Kingdom Hearts, efeitos ultra-brilhantes e cores vivas abundam. Vincent é um bad-ass assumido, rivalizando até mesmo Dante no quesito 'cool'. Você verá sua atitude 'shoot first, ask never' pelo jogo inteiro, e as lutas coreografadas são excepcionais - mas ele chega até a ser um pouco exagerado em algumas cenas, fugindo do gótico característico dele.
Sim, esse é o gráfico das cutscenes. Rivaliza até com o filme. |
A história, apesar de legal, não tem nada do que tornou FFVII tão inesquecível. Você luta ao lado de uma organização chamada WRO para deter a ameaça Deepground, e um líder misterioso por trás de tudo, além de uma arma lendária... Os personagens do jogo original, como Cloud e Tifa, aparecem tão infrequentemente que nem fazem falta, e apenas Cait Sith e Yuffie tem algum papel substancial na história - inclusive, nem lembro de ter visto o Red XIII fora da capa do manual. Os personagens novos são agradáveis, mas nada muito memorável, com raras exceções - e o vilão principal vem tão do nada que com certeza vai pegar qualquer um de surpresa. A apresentação da história é meio enrolada, e você possivelmente vai precisar ver uma cena mais de uma vez para entender, mas no worries - um Event Viewer abre após zerar o jogo.
A trilha sonora é comovente e estilosa, com toques bem J-Rock, incluindo as duas músicas vocalizadas que tocam mais ao final, que lembram bastante Mega Man. A trilha da terceira fase é particularmente boa, melancólica, e combinada com o estilo da fase me lembraram muito Halo O.D.S.T.. O som das armas é pesado, e te dá uma sensação de poder, assim como os efeitos das magias. O voice-acting também é excelente, mas algumas falas são meio sobre-emocionadas ao ponto de serem forçadas. E o "I'm so sorry" de uma certa personagem enche o saco.
A nanica Shelke também é peça chave desse rolo todo. |
Com 8-10 horas de jogo em uma primeira playthrough, você libera um Ex Hard mode, e uma sequência com 50~ missões opcionais, que contém pra lá de 100 collectibles escondidos, ou seja: a diversão aqui dura bastante. Dirge of Cerberus não é lá um Final Fantasy muito normal, mas se você investir nele, verá que é um jogo de ação bem envolvente. Recomendado, ainda mais para fãs de FFVII.
Meu box de PS2. Manual muito legal. |
PONTUAÇÃO:
Gráficos: 9
Som: 8.5
História: 8
Gameplay: 7.5
Fator Replay: 8
Dificuldade: 6
Balas por Segundo: 1500
NOTA: 8.2/10
Você tá gozando? Que jogo mais lixo! Desgraça a série Final Fantasy! Eles pensaram, bem vamos fazer um shooter lixo com um personagem misterioso que salta de prédios mas nem consegue dar douple jump em cercaduras! Mwhahahaha!
E acho que este blog aqui (http://lparchive.org/Final-Fantasy-VII-Dirge-of-Cerberus/) explica tudo direitinho. TODAS as falhas desse jogo mais bosta.